RESUMOOBJETIVO Avaliar a confiabilidade intra- e inter-indivíduo e validade de construto de instrumentos de avaliação do microambiente alimentar em mercados, supermercados, feiras-livres e restaurantes adaptados ao contexto urbano brasileiro.MÉTODOS Estudo transversal conduzido em 2010-2011 em 13 distritos do município de São Paulo, Brasil. Instrumentos de avaliação do microambiente alimentar, utilizados em outros países, foram adaptados e testados para o contexto brasileiro. Foram coletadas medidas de disponibilidade, variedade, qualidade, preço e promoção de frutas, hortaliças e alimentos ultraprocessados. Estatísticas Kappa e Coeficiente de Correlação Intraclasse foram utilizados para avaliar as confiabilidades inter- e intra-avaliador em amostra de 142 restaurantes e 97 mercados, supermercados e feiras livres e em 62 restaurantes e 97 mercados, supermercados e feiras livres, respectivamente. A validade de construto, definida como a capacidade dos instrumentos em discriminar diferentes contextos, foi avaliada na totalidade da amostra: 305 mercados e supermercados, oito feiras livres e 472 restaurantes.RESULTADOS Os instrumentos foram considerados confiáveis, com coeficientes Kappa para as medidas inter- e intra-avaliadores, variando de 0,49 a 1,00. Eles também foram capazes de discriminar diferentes tipos de estabelecimentos e diferentes contextos socioeconômicos. Frutas e hortaliças foram mais encontradas em bairros de médio e alto nível socioeconômico, enquanto refrigerantes, refrescos em pó, biscoitos e salgadinhos foram mais encontrados em áreas de menor nível socioeconômico e apresentaram menores preços.CONCLUSÕES As medidas são confiáveis e capazes de discriminar diferentes estabelecimentos e contextos. Embora alguns itens ainda requeiram revisão, os resultados sugerem que os instrumentos podem ser utilizados para avaliar o ambiente alimentar em áreas urbanas de países de renda média. Tais estudos podem informar políticas e intervenções para promoção da saúde nesses contextos.

ABSTRACTOBJECTIVE To assess inter-rater reliability, test-retest reliability, and construct validity of retail food store, open-air food market, and restaurant observation tools adapted to the Brazilian urban context.METHODS This study is part of a cross-sectional observation survey conducted in 13 districts across the city of Sao Paulo, Brazil in 2010-2011. Food store and restaurant observational tools were developed based on previously available tools, and then tested it. They included measures on the availability, variety, quality, pricing, and promotion of fruits and vegetables and ultra-processed foods. We used Kappa statistics and intra-class correlation coefficients to assess inter-rater and test-retest reliabilities in samples of 142 restaurants, 97 retail food stores (including open-air food markets), and of 62 restaurants and 45 retail food stores (including open-air food markets), respectively. Construct validity as the tool’s abilities to discriminate based on store types and different income contexts were assessed in the entire sample: 305 retail food stores, 8 fruits and vegetable markets, and 472 restaurants.RESULTS Inter-rater and test-retest reliability were generally high, with most Kappa values greater than 0.70 (range 0.49-1.00). Both tools discriminated between store types and neighborhoods with different median income. Fruits and vegetables were more likely to be found in middle to higher-income neighborhoods, while soda, fruit-flavored drink mixes, cookies, and chips were cheaper and more likely to be found in lower-income neighborhoods.CONCLUSIONS The measures were reliable and able to reveal significant differences across store types and different contexts. Although some items may require revision, results suggest that the tools may be used to reliably measure the food stores and restaurant food environment in urban settings of middle-income countries. Such studies can help .inform health promotion interventions and policies in these contexts.

RESUMOOBJETIVO Avaliar a confiabilidade intra- e inter-indivíduo e validade de construto de instrumentos de avaliação do microambiente alimentar em mercados, supermercados, feiras-livres e restaurantes adaptados ao contexto urbano brasileiro.MÉTODOS Estudo transversal conduzido em 2010-2011 em 13 distritos do município de São Paulo, Brasil. Instrumentos de avaliação do microambiente alimentar, utilizados em outros países, foram adaptados e testados para o contexto brasileiro. Foram coletadas medidas de disponibilidade, variedade, qualidade, preço e promoção de frutas, hortaliças e alimentos ultraprocessados. Estatísticas Kappa e Coeficiente de Correlação Intraclasse foram utilizados para avaliar as confiabilidades inter- e intra-avaliador em amostra de 142 restaurantes e 97 mercados, supermercados e feiras livres e em 62 restaurantes e 97 mercados, supermercados e feiras livres, respectivamente. A validade de construto, definida como a capacidade dos instrumentos em discriminar diferentes contextos, foi avaliada na totalidade da amostra: 305 mercados e supermercados, oito feiras livres e 472 restaurantes.RESULTADOS Os instrumentos foram considerados confiáveis, com coeficientes Kappa para as medidas inter- e intra-avaliadores, variando de 0,49 a 1,00. Eles também foram capazes de discriminar diferentes tipos de estabelecimentos e diferentes contextos socioeconômicos. Frutas e hortaliças foram mais encontradas em bairros de médio e alto nível socioeconômico, enquanto refrigerantes, refrescos em pó, biscoitos e salgadinhos foram mais encontrados em áreas de menor nível socioeconômico e apresentaram menores preços.CONCLUSÕES As medidas são confiáveis e capazes de discriminar diferentes estabelecimentos e contextos. Embora alguns itens ainda requeiram revisão, os resultados sugerem que os instrumentos podem ser utilizados para avaliar o ambiente alimentar em áreas urbanas de países de renda média. Tais estudos podem informar políticas e intervenções para promoção da saúde nesses contextos.

ABSTRACTOBJECTIVE To assess inter-rater reliability, test-retest reliability, and construct validity of retail food store, open-air food market, and restaurant observation tools adapted to the Brazilian urban context.METHODS This study is part of a cross-sectional observation survey conducted in 13 districts across the city of Sao Paulo, Brazil in 2010-2011. Food store and restaurant observational tools were developed based on previously available tools, and then tested it. They included measures on the availability, variety, quality, pricing, and promotion of fruits and vegetables and ultra-processed foods. We used Kappa statistics and intra-class correlation coefficients to assess inter-rater and test-retest reliabilities in samples of 142 restaurants, 97 retail food stores (including open-air food markets), and of 62 restaurants and 45 retail food stores (including open-air food markets), respectively. Construct validity as the tool’s abilities to discriminate based on store types and different income contexts were assessed in the entire sample: 305 retail food stores, 8 fruits and vegetable markets, and 472 restaurants.RESULTS Inter-rater and test-retest reliability were generally high, with most Kappa values greater than 0.70 (range 0.49-1.00). Both tools discriminated between store types and neighborhoods with different median income. Fruits and vegetables were more likely to be found in middle to higher-income neighborhoods, while soda, fruit-flavored drink mixes, cookies, and chips were cheaper and more likely to be found in lower-income neighborhoods.CONCLUSIONS The measures were reliable and able to reveal significant differences across store types and different contexts. Although some items may require revision, results suggest that the tools may be used to reliably measure the food stores and restaurant food environment in urban settings of middle-income countries. Such studies can help .inform health promotion interventions and policies in these contexts.

Dados sobre o consumo de frutas e hortaliças no Brasil, em três níveis de informação, foram analisados e comparados. Dados sobre a oferta nacional foram obtidos em Folhas de Balanço de Alimentos da FAO; a disponibilidade domiciliar de frutas e hortaliças baseou-se em resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF); informações sobre o consumo de frutas e hortaliças foram obtidas em um inquérito de consumo alimentar representativo da população adulta do Município de São Paulo. Todas as informações referem-se ao período entre 2002 e 2003. Uma subamostra dos domicílios da POF, representativa da cidade de São Paulo, foi utilizada a fim de melhorar a qualidade da comparação com dados de consumo de folhas e hortaliças. A razão entre a oferta nacional e a disponibilidade domiciliar de frutas e hortaliças foi de 2,6, enquanto a razão entre oferta nacional e o seu consumo foi de 4,0. A razão entre a disponibilidade domiciliar e o consumo foi de 1,6. Embora o uso de dados da oferta e disponibilidade de frutas e hortaliças apresente certas vantagens, como o menor custo, sua utilização deve levar em conta a tendência a superestimar o consumo de frutas e hortaliças.

Information on fruits and vegetables consumption in Brazil in the three levels of dietary data was analyzed and compared. Data about national supply came from Food Balance Sheets compiled by the FAO; household availability information was obtained from the Brazilian National Household Budget Survey (HBS); and actual intake information came from a large individual dietary intake survey that was representative of the adult population of São Paulo city. All sources of information were collected between 2002 and 2003. A subset of the HBS, representative of São Paulo city, was used in our analysis in order to improve the quality of the comparison with actual intake data. The ratio of national supply to household availability of fruits and vegetables was 2.6 while the ratio of national supply to actual intake was 4.0. The discrepancy ratio in the comparison between household availability and actual intake was smaller, 1.6. While the use of supply and availability data has advantages, as lower cost, must be taken into account that these sources tend to overestimate actual intake of fruits and vegetables.

Dados sobre o consumo de frutas e hortaliças no Brasil, em três níveis de informação, foram analisados e comparados. Dados sobre a oferta nacional foram obtidos em Folhas de Balanço de Alimentos da FAO; a disponibilidade domiciliar de frutas e hortaliças baseou-se em resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF); informações sobre o consumo de frutas e hortaliças foram obtidas em um inquérito de consumo alimentar representativo da população adulta do Município de São Paulo. Todas as informações referem-se ao período entre 2002 e 2003. Uma subamostra dos domicílios da POF, representativa da cidade de São Paulo, foi utilizada a fim de melhorar a qualidade da comparação com dados de consumo de folhas e hortaliças. A razão entre a oferta nacional e a disponibilidade domiciliar de frutas e hortaliças foi de 2,6, enquanto a razão entre oferta nacional e o seu consumo foi de 4,0. A razão entre a disponibilidade domiciliar e o consumo foi de 1,6. Embora o uso de dados da oferta e disponibilidade de frutas e hortaliças apresente certas vantagens, como o menor custo, sua utilização deve levar em conta a tendência a superestimar o consumo de frutas e hortaliças.

Information on fruits and vegetables consumption in Brazil in the three levels of dietary data was analyzed and compared. Data about national supply came from Food Balance Sheets compiled by the FAO; household availability information was obtained from the Brazilian National Household Budget Survey (HBS); and actual intake information came from a large individual dietary intake survey that was representative of the adult population of São Paulo city. All sources of information were collected between 2002 and 2003. A subset of the HBS, representative of São Paulo city, was used in our analysis in order to improve the quality of the comparison with actual intake data. The ratio of national supply to household availability of fruits and vegetables was 2.6 while the ratio of national supply to actual intake was 4.0. The discrepancy ratio in the comparison between household availability and actual intake was smaller, 1.6. While the use of supply and availability data has advantages, as lower cost, must be taken into account that these sources tend to overestimate actual intake of fruits and vegetables.

OBJECTIVE: Health impact assessment (HIA) has been proposed as one mechanism that can inform decision-making by public policy-makers. However, HIA methodology has been criticized for a lack of rigour in its use of evidence. The aim of this work was to formulate, develop and test a practical guide to reviewing publicly available evidence for use in HIA. The term evidence includes all scientific assessments, whether research studies in peer-reviewed journals or previous HIAs. METHODS: The formulation and development of the guide involved substantial background research, qualitative research with the target audience, substantial consultations with potential users and other stakeholders, a pilot study to explore content, format and usability, and peer review. Finally, the guide was tested in practice by invited volunteers who used it to appraise existing HIA evidence reviews. FINDINGS: During development, a wealth of data was generated on how the guide might be applied in practice, on terminology, on ensuring clarity of the text and on additional resources needed. The final guide provides advice on reviewing quantitative and qualitative research in plain language and is suitable for those working in public health but who may not have experience in reviewing evidence. During testing, it enabled users to discriminate between satisfactory and unsatisfactory evidence reviews. By late 2009, 1700 printed and 2500 downloaded copies of the guide had been distributed. CONCLUSION: Substantive and iterative consultation, though time-consuming, was pivotal to producing a simple, systematic and accessible guide to reviewing publicly available research evidence for use in HIA.

OBJETIVO: Se ha propuesto usar la evaluación del impacto sanitario (EIS) como un mecanismo que fundamente la toma de decisiones por los responsables de las políticas públicas. Sin embargo, los métodos de la EIS han sido criticados por hacer un uso poco riguroso de las pruebas científicas. El objetivo de este trabajo fue formular, elaborar y ensayar una guía práctica para la revisión de la evidencia disponible en el dominio público para los análisis de EIS. El término 'evidencia' abarca todas las evaluaciones científicas, ya se trate de trabajos de investigación publicados en revistas revisadas por pares o de EIS anteriores. MÉTODOS: Para diseñar y elaborar la guía se requirió un trabajo sustancial de investigación de los antecedentes, investigaciones cualitativas con el público destinatario, consultas sustanciales con los usuarios potenciales y otras partes interesadas, un estudio piloto de análisis del contenido, el formato y la usabilidad, y una revisión por homólogos. Por último, la guía fue ensayada en la práctica por voluntarios invitados, que la emplearon para valorar revisiones ya existentes de la evidencia utilizada en la EIS. RESULTADOS: Durante la elaboración de la guía se obtuvieron numerosos datos respecto a las posibilidades de aplicación en la práctica, la terminología, la forma de garantizar la claridad del texto, y los recursos adicionales necesarios. La versión final proporciona asesoramiento en términos sencillos sobre la revisión de las investigaciones cuantitativas y cualitativas y resulta idónea para muchos profesionales de la salud pública sin experiencia en la tarea de revisar la evidencia. Durante los ensayos, la guía permitió a los usuarios distinguir las revisiones de la evidencia satisfactorias de las insatisfactorias. A finales de 2009 se habían distribuido 1700 ejemplares impresos de la guía y se habían descargado 2500 copias de la misma. CONCLUSIÓN: La realización de consultas sustantivas y reiteradas, aunque exige tiempo, fue fundamental para elaborar una guía sencilla, sistemática y accesible que permite revisar la evidencia científica públicamente disponible para la EIS.

OBJECTIF: L'évaluation de l'impact sanitaire (EIS) a été proposée comme mécanisme pouvant étayer la prise de décisions par les décideurs politiques. Néanmoins, la méthodologie EIS est critiquée pour son manque de rigueur dans l'utilisation des éléments d'appréciation. L'objectif de cette étude est de rédiger, de développer et de tester un guide pratique pour examiner les éléments d'appréciation disponibles dans le domaine public et destinés à être utilisés dans les EIS. Le terme élément d'appréciation couvre toutes les évaluations scientifiques, qu'il s'agisse de travaux de recherche publiés dans des revues révisées par des pairs ou d'EIS antérieures. MÉTHODES: La rédaction et le développement du guide ont nécessité d'importantes recherches bibliographiques, une étude qualitative avec les destinataires du guide, des consultations de grande ampleur avec les utilisateurs potentiels et autres parties prenantes, une étude pilote pour examiner le contenu, le format et l'utilité du guide et une revue par des pairs. Enfin, le guide a fait l'objet d'un test pratique par des volontaires invités, qui l'ont utilisé pour jauger les évaluations existantes des éléments utilisées par les EIS. RÉSULTATS: Le développement du guide a généré une très grande quantité de données sur ses possibilités d'application dans la pratique et sur la terminologie, les moyens de garantir la clarté du texte et les ressources supplémentaires nécessaires. La version finale du guide fournit en termes simples des conseils pour l'examen des travaux de recherche quantitatifs et qualitatifs et convient aux personnes travaillant dans le domaine de la santé publique, mais manquant d'expérience dans l'évaluation des éléments d'appréciation. Pendant la phase de test, le guide a permis aux utilisateurs de différencier les évaluations d'éléments d'appréciation satisfaisantes et non satisfaisantes. Fin 2009, 1700 exemplaires imprimés et 2500 exemplaires téléchargés avaient été distribués. CONCLUSION: S'il a pris beaucoup de temps, le recours à des consultations itératives et de grande ampleur, a été essentiel dans l'élaboration d'un guide simple, systématique et accessible pour l'examen des résultats de recherche à la disposition du public et devant servir à des EIS.

Health impact assessment (HIA) is an important tool for exploring the intersection between health and foreign policy, offering a useful analytical approach to increase positive health impacts and minimize negative impacts. Numerous subject areas have brought health and foreign policy together. Yet further opportunities exist for HIA to address a broader range of health impacts that otherwise may not be seen as relevant to foreign policy. HIA may also improve the quality of scientific evidence available to policy-makers. The Framework Convention on Tobacco Control offers lessons for the strategic use of HIA. However, HIA alone is limited in influencing these decision-making processes, notably when issues diverge from other core concerns such as economics and security. In such cases, HIA is an important tool to be used alongside the mobilization of key constituencies and public support.

La evaluación del impacto sanitario (EIS) constituye un importante instrumento para estudiar la interrelación entre la salud y la política exterior, y brinda una útil perspectiva analítica para potenciar los efectos sanitarios positivos y reducir al mínimo los negativos. Hay muchos asuntos en los que confluyen la salud y la política exterior, pero hay otras oportunidades para aplicar la EIS a un más amplio espectro de efectos sanitarios que de lo contrario parecerían sin interés para la política exterior. La EIS también puede mejorar la calidad de los datos científicos empleados por las instancias normativas. El Convenio Marco para el Control del Tabaco ofrece algunas lecciones para usar estratégicamente la EIS. Sin embargo, ésta por sí sola tiene una influencia limitada en esos procesos decisorios, en particular cuando los problemas se apartan de otras preocupaciones básicas como son la economía y la seguridad. En esos casos, la EIS es un instrumento relevante a utilizar paralelamente a la movilización de los principales grupos interesados y el apoyo de la población.

L'évaluation de l'impact sanitaire est un important instrument se situant à l'intersection entre la politique de santé publique et la politique étrangère et offrant une bonne méthode analytique qui permet d'accroître les effets positifs et de réduire les effets néfastes pour la santé. De nombreux domaines intéressent à la fois la politique sanitaire et la politique étrangère. Mais il existe d'autres occasions d’examiner une gamme plus étendue d'impacts sanitaires qui pourraient de prime abord sembler ne pas concerner la politique étrangère. L'évaluation des effets sanitaires peut aussi améliorer la qualité des données scientifiques dont on dispose pour l'élaboration des politiques. La Convention-cadre de l'OMS pour la lutte antitabac permet de tirer des enseignements concernant l'emploi stratégique de cette évaluation. Mais à elle seule, l'évaluation de l'impact sanitaire ne permet d'influencer le processus de décision que de manière limitée, et ce d'autant plus qu'on s'écarte de préoccupations fondamentales ayant traità l'économie ou à la sécurité. L'évaluation de l'impact sanitaire devient alors un outil non négligeable à utiliser parallèlement à la mobilisation des groupes d'intérêts et de l'opinion.

This paper discusses the implications for future policy and research of a systematic literature review on the effectiveness of interventions and programs promoting fruit and vegetable intake in both adults and children worldwide which was carried out in 2004. The results indicate that small increases in fruit and vegetable intake are possible in population subgroups, and that these can be achieved by a variety of approaches (individual-level, population-level and «upstream» macro-level policy and environmental interventions) in both children and adults. While many fruit and vegetable promotion programmes have been conducted or initiated in all world regions, our review indicated that the study design used was often suboptimal to assess effectiveness, particularly in less developed countries. Although more work needs to be done order to improve the design and evaluation of such interventions worldwide, these encouraging results suggest that national governments should continue to develop policies to improve nutrition which have a strong emphasis on fruit and vegetable intake

Este artículo de revisión sistemática de literatura, discute las implicancias de políticas futuras y de investigación científica sobre la efectividad de las intervenciones y programas promoviendo el consumo de frutas y verduras en ambos adultos y niños a lo largo del mundo, realizadas en 2004. Los resultados indican que pequeños aumentos en el consumo de frutas y verduras son posibles en subgrupos poblacionales y que estos cambios pueden ser alcanzados desde varios acercamientos (a niveles individual, poblacional y desarrollo de políticas macro e intervenciones ambientales) tanto en niños como en adultos. Mientras muchos programas de promoción de frutas y verduras han sido conducidos o iniciados en todas las regiones del mundo, nuestro artículo muestra que los diseños de estudio utilizados han sido frecuentemente sub-óptimos para evaluar efectividad, particularmente en países menos desarrollados. Aunque es necesario mayor esfuerzo para mejorar el diseño y la evaluación de dichas intervenciones a lo largo del mundo, estos resultados son estimulantes y sugieren que los gobiernos deben seguir desarrollando políticas para mejorar la nutrición que tengan un énfasis fuerte en el consumo de frutas y verduras

OBJECTIVE: We estimated the global burden of disease attributable to low consumption of fruit and vegetables, an increasingly recognized risk factor for cardiovascular disease and cancer, and compared its impact with that of other major risk factors for disease. METHODS: The burden of disease attributable to suboptimal intake of fruit and vegetables was estimated using information on fruit and vegetable consumption in the population, and on its association with six health outcomes (ischaemic heart disease, stroke, stomach, oesophageal, colorectal and lung cancer). Data from both sources were stratified by sex, age and by 14 geographical regions. FINDINGS: The total worldwide mortality currently attributable to inadequate consumption of fruit and vegetables is estimated to be up to 2.635 million deaths per year. Increasing individual fruit and vegetable consumption to up to 600 g per day (the baseline of choice) could reduce the total worldwide burden of disease by 1.8%, and reduce the burden of ischaemic heart disease and ischaemic stroke by 31% and 19% respectively. For stomach, oesophageal, lung and colorectal cancer, the potential reductions were 19%, 20%, 12% and 2%, respectively. CONCLUSION: This study shows the potentially large impact that increasing fruit and vegetable intake could have in reducing many noncommunicable diseases. It highlights the need for much greater emphasis on dietary risk factors in public health policy in order to tackle the rise in noncommunicable diseases worldwide, and suggests that the proposed intersectoral WHO/FAO fruit and vegetable promotion initiative is a crucial component in any global diet strategy.

OBJETIVO: Estimamos la carga mundial de morbilidad atribuible al consumo insuficiente de frutas y verduras, un factor de riesgo cada vez más reconocido de enfermedades cardiovasculares y cáncer, y comparamos su impacto con el de otros factores de riesgo de morbilidad importantes. MÉTODOS: Se calculó la carga de morbilidad atribuible a una ingesta subóptima de frutas y verduras a partir de la información disponible sobre el consumo de esos productos en la población y sobre su asociación a seis resultados de salud (cardiopatía isquémica, accidente cerebrovascular, y cánceres de estómago, esófago, colon/recto y pulmón). Los datos de ambas fuentes se estratificaron por sexo, edad y 14 regiones geográficas. RESULTADOS: La mortalidad mundial total atribuible a un bajo consumo de frutas y verduras se cifra actualmente en 2 635 000 defunciones anuales. El aumento del consumo individual de frutas y verduras hasta 600 g diarios (el punto de referencia de elección) podría reducir la carga mundial total de morbilidad en un 1,8%, y la carga de cardiopatía isquémica e ictus isquémico en un 31% y 19%, respectivamente. Para los cánceres de estómago, esófago, pulmón y colon/recto, las reducciones potenciales fueron del 19%, 20%, 12% y 2%, respectivamente. CONCLUSIÓN: Este estudio muestra el enorme impacto potencial del aumento de la ingesta de frutas y verduras como medida de reducción de la incidencia de numerosas enfermedades no transmisibles. Subraya también la necesidad de hacer mucho más hincapié en los factores de riesgo alimentarios en las políticas de salud pública si se desea hacer frente al aumento de las enfermedades no transmisibles observado en todo el mundo, e indica que la iniciativa intersectorial OMS/FAO propuesta para promover el consumo de frutas y verduras es un componente crucial de cualquier estrategia mundial centrada en el régimen alimentario.

OBJECTIF: Les auteurs ont estimé la charge mondiale de morbidité attribuable à la faible consommation de fruits et de légumes, facteur de plus en plus reconnu de maladie cardiovasculaire et de cancer, et ont comparé son impact à celui d'autres facteur de risque morbide majeurs. MÉTHODES: La charge de morbidité attribuable à une absorption sous-optimale de fruits et de légumes a été estimée à partir d'informations relatives à la consommation de fruits et de légumes dans la population et de son association à six événements affectant la santé (insuffisance coronarienne, accident vasculaire cérébral, cancer de l'estomac, de l'œsophage, du côlon/rectum et du poumon). Les données provenant de ces deux sources ont été stratifiées par sexe, âge et région géographique (14 régions). RÉSULTATS: On estime que la mortalité totale dans le monde actuellement attribuable à une consommation insuffisante de fruits et de légumes peut atteindre jusqu'à 2635 millions de décès par an. Amener la consommation individuelle de fruits et de légumes à 600 g par jour (niveau de référence de choix) pourrait permettre de réduire la charge de morbidité totale dans le monde de 1,8 % et la charge d'insuffisance coronarienne et d'accident vasculaire cérébral respectivement de 31 et 19 %. Pour les cancers de l'estomac, de l'œsophage, du poumon et du côlon/rectum, les réductions potentielles seraient respectivement de 19, 20, 12 et 2 %. CONCLUSION: La présente étude montre l'impact potentiellement important que pourrait avoir une consommation accrue de fruits et de légumes sur l'apparition de nombreuses maladies non transmissibles. Elle fait ressortir la nécessité d'accorder un poids beaucoup plus important aux facteurs de risque alimentaires dans les politiques de santé publique, afin de s'opposer à la prévalence grandissante des maladies non transmissibles dans le monde entier, et incite à penser que l'initiative intersectorielle OMS/FAO pour la promotion des fruits et légumes proposée constituerait une composante essentielle de toute stratégie alimentaire mondiale.

The most important public health priority in agricultural policy-making is currently food safety, despite the relatively higher importance of food security, nutrition, and other agricultural-related health issues in terms of global burden of disease. There is limited experience worldwide of using health impact assessment (HIA) during the development of agriculture and food policies, which perhaps reflects the complex nature of this policy sector. This paper presents methods of HIA used in the Republic of Slovenia, which is conducting a HIA of proposed agricultural and food policies due to its accession to the European Union. It is the first time that any government has attempted to assess the health effects of agricultural policy at a national level. The HIA has basically followed a six-stage process: policy analysis; rapid appraisal workshops with stakeholders from a range of backgrounds; review of research evidence relevant to the agricultural policy; analysis of Slovenian data for key health-related indicators; a report on the findings to a key cross-government group; and evaluation. The experience in Slovenia shows that the HIA process has been a useful mechanism for raising broader public health issues on the agricultural policy agenda, and it has already had positive results for policy formation. HIA is one useful approach to more integrated policy-making across sectors, but clearly it is not the only mechanism to achieve this. A comparison of the approach used in Slovenia with HIA methods in other countries and policy contexts shows that there are still many limitations with HIA application at a government level. Lessons can be learnt from these case studies for future development and application of HIA that is more relevant to policy-makers, and assists them in making more healthy policy choices.

La prioridad de salud pública más relevante a la hora de formular políticas agrícolas es actualmente la inocuidad de los alimentos, pese a que, en términos de la carga mundial de morbilidad, la seguridad alimentaria, la nutrición y otros aspectos sanitarios relacionados con la agricultura tienen una importancia relativamente mayor. Existe en todo el mundo una experiencia limitada del uso de evaluaciones del impacto sanitario (EIS) en el desarrollo de las políticas agrícolas y alimentarias, que refleja tal vez la naturaleza compleja de este ámbito de política. En este artículo se presentan métodos de EIS usados en la República de Eslovenia, donde se está llevando a cabo una EIS de las políticas agrícolas y alimentarias propuestas con motivo del acceso a la Unión Europea. Es la primera vez que un gobierno intenta evaluar los efectos sanitarios de la política agrícola a nivel nacional. La EIS ha seguido básicamente un proceso en seis etapas: análisis de políticas; talleres de evaluación rápida con interesados directos de diversa procedencia; examen de los datos de investigación pertinentes para las políticas agrícolas; análisis de los datos de Eslovenia para establecer indicadores clave relacionados con la salud; preparación de un informe sobre los resultados para un grupo intergubernamental clave; y evaluación. La experiencia adquirida en el país muestra que el proceso de EIS ha sido de gran utilidad para plantear cuestiones de salud pública más generales en la agenda de la política agrícola, y ha redundado ya en beneficio de la formulación de políticas. La EIS es una estrategia valiosa para formular políticas más integradas a nivel intersectorial, pero sin duda no es el único mecanismo para lograr tal cosa. La comparación del enfoque empleado en Eslovenia y los métodos de EIS usados en otros países y contextos políticos muestra que la aplicación de la EIS tropieza aún con muchas limitaciones a nivel gubernamental. Se pueden extraer enseñanzas de estos estudios de casos con miras al futuro desarrollo y aplicación de EIS que sean más pertinentes para los formuladores de políticas y que les ayuden a tomar decisiones políticas más saludables.

La salubrité des aliments est actuellement la première priorité de santé publique à respecter dans le cadre d'une politique agricole, même si la sécurité alimentaire, la nutrition et d'autres questions sanitaires en rapport avec l'agriculture sont des problèmes relativement plus importants du point de vue de la charge mondiale de morbidité. Peu de pays procèdent à une étude d'impact sur la santé dans le cadre de l'élaboration de leurs politiques agricoles et alimentaires en raison sans doute de la nature complexe du secteur agro-alimentaire. Le présent article décrit les méthodes utilisées par la République de Slovénie pour étudier l'impact sur la santé des politiques agricoles et alimentaires qu'elle a prévu de mettre en place à la suite de son adhésion à l'Union européenne. C'est la première fois qu'un gouvernement s'efforce d'évaluer les effets possibles sur la santé de sa politique agricole à l'échelle nationale. Cette étude d'impact sur la santé s'est déroulée en six étapes : analyse des politiques; ateliers d'évaluation rapide avec diverses parties intéressées; examen des résultats de recherches qui intéressent la politique agricole; analyse des données correspondant aux principaux indicateurs de santé en Slovénie; présentation d'un rapport sur les résultats de ces analyses devant un groupe de hauts fonctionnaires représentant divers secteurs du Gouvernement; et évaluation. Dans le cas de la Slovénie, l'étude d'impact sur la santé a permis d'inscrire de grands problèmes de santé publique à l'ordre du jour de la politique agricole et a eu une influence bénéfique sur la formulation de la politique. L'étude d'impact sur la santé est un excellent moyen de favoriser la concertation entre les différents secteurs ans l'élaboration des politiques mais il est évident que ce n'est pas le seul. Si l'on compare l'expérience de la Slovénie avec celle d'autres pays, on constate que l'utilisation des études d'impact sur la santé au niveau de la politique gouvernementale se heurte encore à de nombreux obstacles. Il est possible de s'inspirer de ces études de cas pour concevoir et appliquer des études d'impact sur la santé qui s'avèrent plus utiles aux décideurs et les aident à faire des choix politiques plus favorables à la santé.